A Comissão de proteção de dados Irlandesa criticada por inércia: As grandes empresas da Internet (Google, Facebook, Microsoft, Apple, …) têm a sua sede europeia na Irlanda e, de acordo com o RGPD, compete a esse país impor a lei europeia de defesa dos direitos digitais a esses gigantes. No entanto, mais de 98% das queixas estão por resolver. Num artigo do Irish Times dá-se conta desta realidade e relata-se a crítica de associações cívicas, mas também das outras comissões de proteção de dados da União Europeia.
O custo da privacidade: O New York Times informa que a Apple e a Google anunciaram planos para lançar novas proteções de privacidade para os utilizadores, o que significa que os profissionais de marketing teriam menos acesso às atividades dos consumidores na Internet. No entanto, o plano da Google de começar a bloquear os cookies de rastreio através do navegador Chrome em 2023 e a iniciativa da Apple de dar aos utilizadores do iPhone a opção de serem ou não rastreados pode significar que os internautas recebam publicidade menos relevante. Em alguns casos, alguns produtos e serviços online podem custar mais porque as empresas podem ter de investir mais em publicidade para atingir o público-alvo.
O Estado do Texas segue as pisadas de Bolsonaro: De acordo com um artigo da BBC, o Estado do Texas, em nome da liberdade de informação, também proibiu as redes sociais de bloquearem contas com base em “pontos de vista políticos”. Esta lei tem por objetivo impedir essas redes de aplicarem a parte dos seus regulamentos que “proíbem o incitamento à violência e a divulgação coordenada de desinformação”, regulamentos com base nos quais as contas de Trump foram bloqueadas a quando da invasão do Capitólio em Janeiro. Também no Brasil, os partidários de Bolsonaro usam intensivamente as redes sociais com os mesmos objetivos: uma lei, por este aprovada, também impede a aplicação desses regulamentos.
Nova proibição de desinformação: O Washington Post relata que o Facebook anunciou uma nova política de combate à desinformação, com as novas regras que permitem aos media sociais proibir grupos por “dano social coordenado”, além de espalharem “inautenticidade” ou serem uma “organização perigosa”. O resultado final é que agora pode ser mais fácil para o Facebook banir alguns grupos. O Facebook disse que a nova política permitirá que ele se mova mais facilmente contra a “rede principal” de um grupo que comete violações generalizadas.
A Inteligência Artificial e o seu uso para promover a desinformação: A moderação nas redes sociais está cada vez mais entregue a algoritmos que usam IA. Esses mesmos algoritmos são usados para selecionar e promover conteúdos, com base em técnicas de rastreamento dos utilizadores destinadas a maximizar o seu envolvimento e resposta. Tais técnicas privilegiam e acabam por promover desinformação. Leia este interessante relatório disponibilizado pela Fundação Mozilla.