Bolsonaro reescreve a política de conteúdos das plataformas no Brasil – Num artigo publicado pela BBC, informa-se que o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, assinou um decreto destinado a restringir a possibilidade das redes sociais bloquearem contas ou conteúdos no Brasil. O objetivo é evitar que ele e os seus apoiantes vejam os seus posts e contas bloqueados por repetidamente divulgarem desinformação sobre o Covid-19 e não só.
A Apple recua na implementação de scanning de conteúdos dos iPhones – Na sequência das críticas de várias organizações de defesa dos direitos digitais, a Apple resolveu adiar a implementação de novas funcionalidades com o objetivo de detetar a presença de fotografias previamente identificadas como pedófilas nos iPhones. Apesar de essas funcionalidades se destinarem a combater pedófilos, um objetivo não questionável, para além de ferirem o direito à privacidade dos utilizadores, as mesmas poderiam facilmente ser transformadas em mecanismos de vigilância por governos repressivos. Ver a notícia publicada pela organização cívica Access Now.
Os problemas da desinformação – De acordo com uma notícia publicada pela Dhaka Tribune, um estudo publicado por investigadores universitários mostra que, dada a forma como o Facebook seleciona as notícias a evidenciar, a desinformação propaga-se cerca de seis vezes mais depressa do que as notícias publicadas por órgãos de comunicação social naquela plataforma. Quererá isto dizer que os lucros do Facebook estão antes da sua responsabilidade social?
Óculos inteligentes, parte 2: a Reuters relata que anos após a Google lançar a sua iniciativa Google Glass, o Facebook está agora a apostar nos óculos inteligentes, em parceria com o fabricante da Ray-Ban EssilorLuxottica. Os óculos Ray-Ban Stories irão possibilitar que os utilizadores possam ouvir música, fazer chamadas de voz e tirar fotos e vídeos curtos e partilhá-los no Facebook. O New York Times parece cético em relação a esta iniciativa, observando que o Google Glass não conquistou o mercado e a partilha de fotos e vídeos inevitavelmente levará a reclamações sobre privacidade.
Sem subsídios para satélite: um artigo do Slate argumenta que a Starlink, o novo serviço de banda larga por satélite da SpaceX, deve obter subsídios do governo dos EUA para fornecer banda larga em áreas rurais e outras áreas carentes. Embora o Starlink pareça promissor, incluindo velocidades muito mais rápidas do que os atuais serviços de Internet via satélite, levantam-se várias questões sobre este serviço, diz o Slate. “Embora os testadores beta e fãs do Starlink tenham partilhado informações sobre as suas experiências pessoais com o serviço, a própria empresa ainda não divulgou quaisquer dados sobre os locais, velocidades ou confiabilidade do serviço. Mas sabemos que os testadores beta tiveram interrupções regulares de oito a 90 minutos que permanecem sem explicação.
Informações recolhidas com o auxílio da Internet Society, da World Wide Web Foundation e dos associados que nos fazem chegar notícias importantes.
Termo de responsabilidade: os pontos de vista expressos neste post são da inteira responsabilidade dos autores originais e podem ou não refletir as posições oficiais da Internet Society ou do seu Capítulo Português.