Como reparar a Internet?

Como reparar a Internet? – Para o grande público, a Internet passou a ser sinónimo das aplicações de um pequeno conjunto de plataformas, propriedade de um ainda menor conjunto de companhias. O resultado é um ambiente dominado por tracking das pessoas, behavioral advertising, desinformação, imprensa tradicional e jornalismo em crise, etc. How to fix the Internet? (como reparar a Internet?) é uma pergunta pertinente. Alguns acham que a solução é a descentralização das aplicações, como apresentado neste artigo publicado na revista MIT Technology Review. Será isso suficiente, ou precisamos de mais? O podcast How to fix the Internet” da EFF dá voz a várias opiniões sobre este tema.

Pague se quer proteger os seus direitos – é a nova proposta da Meta – Segundo um artigo divulgado pela EDRi, em resposta às acusações feitas pelos reguladores e tribunais europeus, de que a atuação do Facebook e o Instagram é ilegal no que respeita à privacidade dos utilizadores, a Meta propõe-se introduzir uma versão dos seus serviços sem “tracking” do utilizador, que teria de ser paga através de uma subscrição. Assim, se um utilizador não quiser ver a sua vida online devassada pela Meta, teria de pagar cerca de 228€ por ano para ter uma conta de novo tipo nos serviços da empresa.

Caos informativo a propósito da guerra entre Israel e o Hamas – Num artigo publicado na Wired, o articulista mostra como a desinformação nunca foi tanta como neste momento. Particularmente, explica também que a política introduzida por Elon Musk no X (ex Twitter), apresentada pelo próprio para defender a liberdade de informação, conduziram a um total caos informativo naquela plataforma. A Comissão Europeia interpelou diretamente a plataforma e exigiu-lhe que a mesma respeite o DSA (Digital Services Act) na Europa. No entanto, um conjunto de organizações de defesa dos direitos humanos escreveu à Comissão alertando para que o DSA não pode ser usado nesta situação para violar a liberdade de expressão.


Tertúlia técnica

Vantagens e defeitos do QUIC e qual o seu futuro – Na edição anterior das notícias periódicas fizemos referência a artigos com explicações sobre o que é e como funcionam os protocolos QUIC e HTTP/3. Neste último artigo da série, o autor tenta fazer um balanço das vantagens e defeitos e antever o futuro provável dos protocolos. Um leitor faz também um comentário ao artigo sobre uma faceta que o autor não trata, nomeadamente a imposição pelo HTTP/3 de usar certificados assinados de forma reconhecível pelos browsers, o que impede o estabelecimento de sites WEB públicos sem suporte de HTTPS e certificados.