Universo da análise

Número dos sites internacionais mais populares no mundo analisados: cerca de 1050 (estes sites são usados como benchmarking.)

Número de sites analisados relevantes ou mais populares em Portugal: cerca de 1300 (estes sites podem ter o domínio terminado em .PT ou não)

Redes portuguesas analisadas pelos APNIC Labs: praticamente todas as redes portuguesas (sistemas autónomos) ligadas à Internet.

Quadro de honra WEB de sites relevantes ou populares em Portugal com domínio em .PT ou não

(classificação internet.nl ≥ 90%)

portal.azores.gov.pt, cm-portimao.pt, www.dges.gov.pt, webcheck.pt, arquivo.pt, www.incode2030.gov.pt, www.dns.pt, www.fccn.pt, ipb.pt, www.esel.pt, www.uevora.pt, aerogarelajes.azores.gov.pt, epal.pt, www.credibom.pt, anonymous.com.pt, lusa.pt, isoc.pt, ami.org.pt, serbenfiquista.com, chaturbate.com, pokerbud.pt, www.criticalsoftware.com, confio.pt

Quadro de honra WEB internacional no universo dos 1000 sites mais populares no mundo

(classificação internet.nl ≥ 95%)

whitehouse.gov, usa.gov, calendy.com, onetrust.com, fda.gov, sec.gov, usgs.gov, dhs.gov, europa.eu, irs.gov, upenn.edu, ucdavis.edu, archives.gov, g.page, doi.org, ftc.gov, nist.gov, nps.gov, openstreetmap.org, freebsd.org, fcc.gov, hubspot.com, va.gov, ed.gov, verysign.com, loc.gov, fcc.gov

Verifica-se um claro investimento em segurança em sites do Estado dos USA. Por comparação, na Europa, apenas o site europa.eu, da União Europeia, figura neste quadro de honra.

Quadro de honra de EMAIL de domínios relevantes ou populares em Portugal com domínio em .PT ou não (classificação internet.nl ≥ 90%)

cm-portimao.pt, arquivo.pt, rcaap.pt, ipb.pt, fccn.pt, anonymous.com.pt, isoc.pt

Quadro de honra EMAIL internacional (classificação internet.nl ≥ 95%)

themeforest.net, usembassy.gov, usa.gov, senate.gov, nr-data.net, xfinity.com, nih.gov, irs.gov, fda.gov, va.gov

Por comparação, o número de instituições que figuram nos quadros de honra do email é de forma geral tão baixo quanto em Portugal.

Estado da adoção do IPv6

Enquanto que 26% (eram 25% há quatro meses atrás) dos sites web mais populares do mundo são acessíveis por IPv6, apenas cerca de 15% dos Top-300 sites mais populares em .PT o são. No Estado Português a popularidade do IPv6 é menor pois apenas cerca de 12% dos seus sites são acessíveis por IPv6.

Por outro lado, cerca de 45% dos utilizadores domésticos em Portugal têm acesso ao uso de endereços IPv6. Eram apenas cerca de 40% quatro meses atrás. Consultar os APNIC Labs a origem desta informação.

Finalmente, quando se comparam os servidores de email dos mesmos domínios com os servidores web, constata-se que o suporte de IPv6 no email é superior internacionalmente ao suporte de IPv6 na web (cerca de 35% contra 26%), semelhante ao nível dos Top-300 sites mais populares em .PT de email (cerca de 12% contra 15%) mas quase ausente nos sites de email do Estado Português (cerca de 3%).

Estado da adoção de DNSSEC

A adoção de DNSSEC é de forma geral baixa mas apesar de tudo é mais popular em Portugal do que no mundo pois enquanto cerca de 16% dos Top-300 sites mais populares em .PT usam DNSSEC, apenas cerca de 10% dos Top-1000 sites mais populares do mundo usam DNSSEC. O suporte de DNSSEC nos sites do Estado Português é mais popular que nos Top-300 sites mais populares em .PT (cerca de 24% contra 16%).

Por outro lado,  cerca de 25% dos acessos ao DNS em Portugal são realizados usando resolvers de ISPs e resolvers abertos que validam as entradas DNS autenticadas através de DNSSEC. Houve uma descida abrupta pois eram 56% há quatro meses atrás. Consultar os APNIC Labs – a origem desta informação.

Já o suporte de DNSSEC associado aos nomes dos servidores de email é dececionante a nível nacional e internacional pois é geralmente igual ou inferior a 10%. 

Este dececionante nível de adoção de DNSSEC está provavelmente associado com a ideia de que a adopção de TLS é suficiente do ponto de vista de segurança. Tal não é totalmente verdade pois algumas normas de robustecimento do próprio TLS dependem da adoção de DNSSEC.

Estado da adoção de HTTPS / TLS

A adoção de HTTPS/TLS é hoje em dia generalizada pois cerca de 88% dos Top-1000 sites mais populares a nível mundial suportam HTTPS/TLS, cerca de 83% dos Top-300 sites mais populares em .PT suportam HTTPS/TLS e cerca de 85% dos sites do Estado Português suportam HTTPS/TLS. No entanto, o número de servidores de email que suportam STARTTLS é em média inferior em todas as listas analisadas, em particular ao nível do Estado Português pois só cerca de 35% dos servidores o adotam.

Infelizmente, a correta adoção deste suporte é francamente inferior pois, em todos os grupos analisados, o suporte da versão atualmente recomendada (TLS 1.3) está entre os 35% e os 56% e o suporte de versões consideradas perigosas (TLS 1.0 e 1.1) continua elevado (à roda de 50%). Estes indicadores ao nível dos servidores de email são profundamente dececionantes de forma geral.

Isto revela alguma falta de comprometimento sério com a segurança dos sites. De forma geral, a adoção de TLS pelos servidores de email dos domínios é, em quantidade e qualidade, muito inferior à da que se verifica nos servidores de web em particular a nível nacional.

Proteção contra ataques de phishing via email

Adicionalmente, a correta adoção de medidas contra ataques de phishing no email é em geral baixa nos Top-1000 sites mais populares no mundo, pois apenas cerca de 37% as adotam, mais baixa nos Top-300 sites mais populares em .PT do que mundo pois apenas cerca de 20% (eram 18% quatro meses atrás) as adotam, e decepcionante a nível dos servidores do Estado Português pois apenas cerca de 10% (eram 9% quatro meses atrás) as adotam. Este estado de coisas revela uma total falta de atenção a este serviço e medidas de apoio à proteção dos utilizadores contra ataques de phishing.

O melhor e o pior da web em Portugal – em sites terminados em .PT ou não

Setores campeões globais na adoção de tecnologias de segurança (classificação ≥ 50%): os partidos, o sistema judicial, as autoridades de segurança e polícia, saúde pública e privada, aeroportos e portos, a comunicação social, as associações desportivas, os sites de jogos online, os de comércio eletrónico, os sites das empresas de tecnologia e de produtividade e as redes sociais e app stores. 

Setores campeões na adoção de HTTPS/TLS (100% de adoção por todos os sites): sistema judicial, saúde privada, aeroportos e portos, associações desportivas e jogos online. 

Setores campeões na adoção de TLS 1.3 (adoção média superior a 70%): partidos, associações desportivas e jogos online. 

Setores com menor adoção de TLS (adoção média inferior a 75%):  Governos central e regionais.

O melhor e o pior do EMAIL em Portugal – em sites terminados em .PT ou não

Setores campeões globais na adoção de tecnologias de segurança (classificação ≥ 50%): sistema judicial, comércio eletrónico, jogos online e redes sociais. Todos com percentagens inferiores aos 1000 sites mais populares no mundo.

Setores campeões na adoção de STARTTLS (100% de adoção por todos os sites): nenhum e sem alteração face aos meses anteriores.

Setores campeões na adoção de TLS 1.3 (adoção média superior a 50%): apenas jogos online.

Setores com melhor proteção contra phishing (adoção média superior a 75%):  nenhum e sem alteração face aos meses anteriores.

Percentagem de cobertura do espaço de endereçamento IP por Certificados de Route Origin Authorization – cerca de 97%

Tal significa que praticamente todas as redes ligadas à Internet Portuguesa têm os seus prefixos IP cobertos por certificados – um resultado bem acima da média regional, europeia e mundial. Consultar os APNIC Labs a origem desta informação.

Percentagem do espaço de endereçamento IP onde é executada de facto route validation – muito variável, atualmente cerca de 0,5 % (era 27% há cerca de um ano)

Isso significa que a maioria, ou mesmo praticamente a totalidade das redes, ainda não estão a recusar aceitar anúncios de encaminhamento falsos (o que potencia route hijacking). Este valor é bem inferior à média da Europa do Sul (22%), à média da Europa (33%) e à média do mundo (19%). Consultar os APNIC Labs a origem desta informação.